Adolpho Ferreira Soares

     

                                 Adolpho 

     

    Adolpho Ferreira Soares *01.08.1879 João Pessoa-PB-Brasil  +15.01.1946 João Pessoa-PB-Brasil

    (Jazigo da Igreja do Rosário)  

     

    Filho de Carolino Ferreira Soares e Maria Monteiro Soares

     

                                               Família em Forte Velho em 1910 (Santa Rita-PB)

     

    Irmãos de Adolpho: Thomaz Ferreira Soares e Octávio Ferreira Soares 

     

    Adolpho Ferreira Soares, junto com seus irmãos Otávio e Thomaz, era proprietário de Forte Velho e comerciante. Herdaram a fazenda do seu pai Carolino Ferreira Soares

     

    Fotos da Família em Forte Velho no ano de 1930

     

    Contrato de Prestação de Serviço para levantamento e confecção da planta das propriedades de Forte Velho e Cravassú, assinado pelo Carolino, na página do Carolino Ferreira Soares ou clicando aqui: Contrato de Prestação de serviço, para levantamento e confecção da planta das propriedades de Forte Velho e Cravassú, assinado pelo Carolino Soares

     

    Adolpho foi Escriturário da Usina da cidade de Pilar. Era Major da Guarda Nacional e membro atuante da Maçonaria.

     

    Casou duas vezes e teve um total de onze filhos.

     

    O primeiro casamento foi com Francisca Umbelina Soares

                             

    Viúvo casou com Mª Angelina Augusta de Figueiredo Carvalho/Maria Angelina de Carvalho Soares (vovó Gila)

     

                             Maria Angelina

     

    Filha de Antônio augusto de Figueiredo Carvalho e Maria Eufrosina  de Figueiredo CarvaIho (Maria Eufrosina Kauffman Werner) e neta de José Maria Dias de Carvalho e Mariana Augusta de  Figueiredo . 

     

                                                Forte Velho

     

    Um pouco da vida em comum dos irmãos Adolpho, Octávio e Thomaz.

     

    Forte Velho era uma fazenda com 1.200 hectares e com aproximadamente 8 mil pés de coco (hoje distrito de Santa Rita-PB) localizada na foz do rio Paraíba, às margens da Praia de Costinha, quase defronte ao porto de Cabedelo. 

     

    A Ilha das Cabras pertencia a Forte Velho. Carolino e seus filhos também eram donos das propriedades vizinhas. De um lado ficava Cravassu (a dos laranjais) e do outro a Estiva (onde tinha a salina).   

     

    Fotos da Família em Forte Velho no ano de 1930

                                                   

    Joaninha, uma retirante que passou por Forte Velho, ficou morando com Mª da Anunciação (mãe Quinha) e Carolino. A filha de Joaninha Lia se tornaria mais tarde, a professora de catecismo dos filhos de Adolpho. Antes do colégio em João Pessoa, os filhos de Adolpho e Gila (Mª Angelina) estudaram com a professora Ester, que ficava hospedada na casa de tio Tavo. D. Clarisse Justa (tem uma rua com o seu nome em João Pessoa), uma parteira com curso na Europa, fez todos os partos de vovó Gila, acompanhada de longe pelo seu cunhado Otávio. Tio Tavo era médico psiquiatra.

    Adolpho tinha uma outra casa em João Pessoa e a família ficava, entre João Pessoa e Forte Velho.

    Seu irmão Thomaz (já cego) e mãe Lindóca (Amália) foram os únicos que permaneceram em Forte Velho, até o fim de suas vidas.

    Quando houve a revolução de 1930, os filhos mais velhos ficaram escondidos na Capitania dos Portos em João Pessoa, juntos com seus pais (Adolpho e Gila). Fugiram, através de uma escada, pelo quintal de D. Isabel Maia (ou de Margarida Maia, irmã de Isabel), madrinha de Geneide e Germana. Seus outros filhos Hermano, Geneide, Germana, Ernani, Gilvan e Ginaldo foram enviados para Forte Velho.

    Dos filhos de tio Octávio e madrinha (como era chamada Marieta), só os mais novos, a partir de Enaldo, foram enviados para Forte Velho. Mãe Lindoca (Amália) tomou conta dos pequenos junto com Toi (Antônia) e outras empregadas da fazenda.

    Por serem os irmãos Perrepistas (a favor de Júlio Prestes), Forte Velho foi invadida pelos Liberais (partido do lado de João Pessoa). Destruíram vários objetos das casas

    A casa de Thomaz e mãe Lindóca foi a mais prejudicada. Tinha pertencido a um inglês e guardava ainda algumas características da época do seu antigo dono. Os seus lustres eram de cristal e foram derrubados. As cristaleiras foram viradas. Era a única casa com água encanada da Fazenda. Os empregados puxavam a água da cacimba para o tanque. Destruíram barcos a machadadas, inclusive o São Lunguinho o maior deles, que foi queimado.

    Também foi destruída a mercearia que pertencia a vovô Adolpho e a casa de farinha. Sem fim lucrativo, a mercearia supria as necessidades da fazenda . Percebendo a aproximação dos barcos que invadiriam Forte Velho os pequenos foram levados para a casa do morador Badaruca e lá ficaram escondidos

     

                                Acácio

     

    Acácio (Sula, filho de Amália e tio Thomaz) foi o único que permaneceu no local para a propriedade não ficar abandonada. Esperou numa rede tocando um violão de alumínio e madrepérola

     

    Vovô Adolpho conhecia João Dantas, que assassinou João Pessoa (governador da Paraíba) na Confeitaria Glória na Rua Nova em Recife-PE (esquina com Rua da Palma) no dia 26 de julho de 1930 (aos 52 anos), por motivos políticos e particulares. João Dantas frequentava Forte Velho. Depois do crime, João Dantas ficou preso na Casa de Detenção do Recife, hoje Casa da Cultura. As notícias da época eram divulgadas pelo jornal União. Contava tia Geneide (Neide), filha de Maria Angelina e vovô Adolpho, que durante um almoço em Forte Velho, João Dantas irado espetou com um garfo por várias vezes uma carne que lhe era servida. O assunto em pauta era política.

    Sobre o assassinato de João Pessoa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Pessoa_Cavalcanti_de_Albuquerque

     

    Quando João Pessoa morreu no ano de 1930, voltaram a morar em Forte Velho por dois anos

    Giselda e Gilena pararam de estudar durante esse período. Depois voltaram para o Colégio da Neves em João Pessoa. Giselda concluiu o curso de Comércio e Gilena, o de Arte Culinária. Germana e Geneide não interromperam os estudos, pois não foram para Forte Velho

     

    Depois da Revolução de 1930, Forte Velho foi vendida. Seu irmão Otávio resolveu vender as demais propriedades

     

    Nessa época, os irmãos Adolpho e Octávio e suas respectivas famílias, já moravam em João Pessoa. Seus filhos estudavam em colégios da capital. Com a venda de Forte Velho, vovô Adolpho comprou um sítio com uma vacaria. Daí tirou seu sustento durante algum tempo. Depois procurou em João Pessoa o conhecido engenheiro e político Isidro Gomes, que lhe conseguiu um emprego na Secretaria da Fazenda

     

    O Banco da Parahyba, primeiro banco paraibano e fundado por políticos e capitalistas de João Pessoa, então Parahyba do Norte, foi fundado em 11 de janeiro de 1924, tendo à frente Isidro Gomes